quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Meditar




Os tipos de meditação, conforme a literatura científica, em dois tipos: concentrativa e mindfulness. A primeira é caracterizada pela atenção em um determinado foco, como a respiração. Já a meditação mindfulness é caracterizada pela “consciência da experiência do momento presente, com uma atitude de aceitação, em que nenhum tipo de elaboração ou julgamento é utilizado. À medida que estímulos internos ou externos atingem a consciência do praticante, este simplesmente os observa e, assim como surgiram, deixa-os sumir, sem qualquer reflexão ou ruminação”




Como o cérebro reage quando estamos meditando?
O nosso cérebro reage – e por sinal, muito bem – às práticas meditativas. Diversos pesquisadores têm se dedicado ao estudo de como a meditação interfere não somente no comportamento humano, mas na saúde física e no funcionamento do cérebro. Estudos mostraram que ela pode ativar certas áreas cerebrais, como aquelas relacionadas ao bem-estar. Isso se deve à plasticidade do cérebro; ele possui a capacidade de desenvolver novas conexões, na medida em que é estimulado. A meditação é um desses estímulos e, de acordo com o tempo e regularidade da prática, os efeitos cerebrais/físicos/comportamentais podem ser ampliados.
Alguns estudos demonstram alterações neurofisiológicas específicas quando a pessoa está meditando, como a redução do consumo do oxigênio, o que indica, por consequência, uma diminuição do metabolismo. A conclusão é de que a prática propicia um padrão de hipometabolismo basal, apesar do estado de alerta em que a mente se encontra. Mas, a conclusão de um estudo da Universidade Nacional da Singapura (NUS) mostra algo interessante: nem todas as práticas meditativas produzem os mesmos efeitos na mente e no corpo. A pesquisa revelou que alguns tipos de meditação budista suscitam efeitos diversos; um deles, por exemplo, produz atividade parassimpática (relaxamento) aumentada, enquanto outro faz o contrário, ativa o sistema simpático. Outra descoberta consiste na verificação de que a prática meditativa associou-se à ativação do córtex pré-frontal esquerdo, o qual está relacionado a afetos positivos e a maior resiliência.
Os estudos ainda vão além. Pesquisas compararam a espessura do córtex cerebral de meditadores mais experientes com o de pessoas de um grupo controle. Conclusão? A espessura da área relacionada à atenção era maior nos praticantes de longa data.  As pesquisas também mostraram que certas características que se manifestam por meio da meditação podem ser explicadas através da atividade neuroelétrica. Assim, ilustraram, por meio da eletroencefalografia (EEG), um aumento da produção de ondas teta em meditadores mais experientes.
Em tempos nos quais vivemos “correndo”, meditar é mais que um bom caminho, é essencial para aprendermos a “correr” com qualidade e sabedoria. As pesquisas provam a sua eficácia e como prática milenar não faz parte de modismos passageiros. Não há contra indicação”. Portanto, não hesite! Medite.